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terça-feira, 20 de julho de 2010

20 de julho - Dia da Amizade

Dia 20 de julho, terça-feira, comemora-se o dia da Amizade e amizade segundo o Dicionário Aurélio significa sentimento fiel de afeição, estima ou ternura entre pessoas que em geral não são parentes. Em inúmeras composições musicais a amizade é exaltada, quem não se lembra da famosa música de Milton Nascimento Canção da América que traz a seguinte estrofe: “Amigo é coisa para se guardar/Debaixo de sete chaves/Dentro do coração/Assim falava a canção que na América ouvi/Mas quem cantava chorou/Ao ver o seu amigo partir”?  Uma dor profunda fere qualquer coração humano ao lembrar-se de um amigo que já se foi. Assim essa canção é perfeita para exemplificar o que realmente seja a amizade.
            Há entre nós, seres humanos, uma diferença muito grande em relação os animais quando se trata de sentimentos, o amor entre marido e mulher, entre pais e filhos e entre amigos, são laços que nos unem e os quais não podemos ignorar ou viver sem que eles façam parte da nossa vida. Quem não tem um amigo ou uma amizade que em momentos marcantes esteve presente em sua vida? Que esteve ao seu lado na adolescência, quando você se apaixonou pela primeira vez ou quando passou por uma grande dificuldade e viu nessa pessoa um companheiro (a) para desabafar, para trocar confidências? Pai e mãe podem sim, ser grandes amigos, mas nem tudo o que acontece em alguns momentos da vida confiamos aos pais, um amigo é fundamental nessas horas, a estes temos liberdade para falar certas coisas que nunca diríamos aos pais ou irmãos.
Viver sem amizades, sem poder contar com um amigo é muito complicado, nos sentiríamos sozinhos, sem ter com quem desabafar, precisamos de alguém que nos ouça sem criticar ou que pelo menos espere você falar para depois dar sua opinião. O amigo é alguém fundamental na vida de cada um de nós. O tempo pode passar, você pode mudar de vida, de endereço, de opiniões, pode deixar no esquecimento fatos importantes de sua vida, mas jamais esquecerá um verdadeiro amigo, momentos que viveu ao lado de seu melhor amigo (a), não nos esquecemos nunca daquele amigo que nos defendeu diante de um professor, daquele que nos livrou de uma enrascada, daquele que quando você perdeu a namorada (o) esteve ao lado ouvindo suas lamentações, daquele que quando você esteve mal, sem rumo ou sem saber o que fazer para aliviar aquela dor, ele estava ali e chegava na hora certa? Amigo é essa pessoa, que por mais mudanças e transformações que ocorram em sua vida, ele estará sempre por perto e mesmo distante, se você der um telefonema ou pedir socorro, ele é capaz de deixar o que estiver fazendo para atendê-lo.
Um amigo não é o mesmo que um colega de escola, de trabalho ou alguém que esteja vivendo ao seu lado debaixo do mesmo teto, mas aquele que em outra família, com uma vida e educação totalmente diferente da sua, tem sentimentos de amizade e estará sempre pronto a ajudá-lo. Amigo é aquela pessoa inesquecível, que deixa marcas, que nos faz sentir que não estamos sozinhos em determinados momentos.
Estamos vivendo em tempos de muita correria, de busca desenfreada de poder, de conquistas pessoais e de grandes interesses egoístas, assim, acabamos por abafar algumas amizades ou deixá-las de lado como uma roupa que caiu de moda e que não serve para aquela ocasião. Não podemos nos esquecer que a amizade é fundamental e não pode jamais ser substituída por coisas materiais, por bens de consumo, quando partimos para esse lado, acabamos por nos tornar pessoas amargas, tristes e vazias. Sentimentos de amizade quando são cultivados, são verdadeiros bálsamos para o alívio de nossas dores e mágoas. Psicólogos, profissionais da saúde, conselheiro espiritual ou alguém ligado a nós por laços sanguíneos nem sempre poderão substituir o amigo. Precisamos nos esvaziar de sentimentos vãos, de pensamentos e atitudes egoístas e saber reconhecer o valor da amizade, o valor de um amigo!

sábado, 17 de julho de 2010

Fogueira das Vaidades

Vivemos momentos de muita alegria nas festividades juninas, soltamos rojão, dançamos quadrilha, nos refestelamos com comidas típicas, festejamos os santos populares, acendemos fogueira e alguns até pularam sobre estas, tudo isso manifestando nossas tradições e fé católica. E por falar em fogueiras, as das festas juninas já se foram, mas uma fogueira continua acessa, ardendo em chamas, a “fogueira das vaidades”, essa vai ser difícil de apagar.
Depois de tantos acordos, reuniões para se chegar a um consenso e conchavos, infelizmente não se chegou a nenhum denominador comum. Nas reuniões para a escolha de um candidato único a deputado federal, houve sim resultados, os presidentes de partidos de Rio Verde participaram e concordaram que fosse indicado um nome, mas que fosse do seu partido. Ora, quantos partidos políticos há no momento? Inúmeros, todos defendendo sua bandeira. Seus representantes foram unânimes, indicaram seus nomes e destes não abriram mão, pensaram na cidade? Acho que não, olharam para seu próprio umbigo e chegaram lenha à fogueira, a tal “fogueira das vaidades” que arde em chamas.
Estamos prestes a ver uma cidade polarizada por nomes que poderiam ser ótimos nos representando no cenário nacional, no entanto, um grupo dividido não subsiste. Presenciamos na história política de Rio Verde a eleição de três candidatos a deputados estaduais, mas isso não acontece sempre, foi um fato único, na época: Iron Nascimento, Wanderval Lima e Isaac Portilho; pode ser que haja por parte dos eleitores a capacidade de aglutinar votos para três nomes e estes quem sabe, poderão nos representar, mas temo que isto não aconteça. Os nomes apresentados para a avaliação dos eleitores são nomes que poderiam ser discutidos por grupos que pensam realmente no coletivo, que se preocupam com o futuro político de Rio Verde, afinal, nossa cidade não pode mais continuar sem representatividade política, principalmente no cenário federal. Pena que para este já estão no páreo cinco nomes, o que para qualquer leigo está claro que não vá nenhum. Rio Verde poderá não eleger nenhum deputado federal diante deste quadro, mesmo que algum destes nomes tenha respaldo de outros municípios.
A “fogueira das vaidades”, com sua luz fulgurante vem impedindo a visão dos nossos políticos que não vêem o óbvio, a necessidade de unir forças, de entrar num consenso unicamente pelo bem comum. A vaidade nos cega, assim como as paixões e essas impedem que o horizonte seja visualizado. Precisamos nos conscientizar que “uma andorinha só não faz verão” e que homens que pensam no bem de seus semelhantes não podem jamais se deixar seduzir por promessas de conquistas de algo que não surge de forma isolada, mas exige coletividade, união e acima de tudo senso crítico e humano.
Não estou filosofando ao citar provérbios ou chavões, mas bastante decepcionada diante do quadro político que se está pintando em Rio Verde. Mais uma vez poderemos ver surgir rixas entre amigos, rivalidades, disputa e o que é pior: divisões. É claro que não existem políticos eleitos sem disputas políticas, mas convenhamos... separar amigos, criar climas desagradáveis e situações constrangedoras por vaidade de alguns é muito triste e é deste tipo de situações que pessoas de bem deveriam fugir. Estamos cansados de saber que quando se há união as coisas acontecem, isso em qualquer organização social, religiosa ou política. O que não devemos é deixar que a chama da “fogueira das vaidades” acabe queimando o que não deveria: sonhos coletivos e acima de tudo sonhos de progresso e desenvolvimento social.

sexta-feira, 16 de julho de 2010