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terça-feira, 7 de maio de 2013

Um novo livro, mais uma conquista na minha vida

No dia 11 de abril de 2013, lancei mais uma obra literária, desta vez a história de Irmã Dolores D'Aloia. Em 140 páginas relato a experiência desta missionária norte-americana que deixou o seu país, os EUA para se dedicar a evangelização de crianças e jovens no Brasil, mais precisamente na Diocese de Jataí, onde está há 47 anos. 
Para mim foi gratificante ver tanta gente nos prestigiando naquela noite de autógrafos. Para Irmã Dolores foi um momento único, afinal estava abrindo a sua vida a tantas pessoas através de um livro, livro este escrito por alguém que conhece bem a hsitória de missionários que realizaram e continuam realizando um trabalho magnífico de evangelização na Diocese de Jataí. Como escritora, já em minha segunda obra, não foi fácil sintetizar a vida de uma pessoa como Irmã Dolores, cujo trabalho missionário é digno de ser registrado em. 
Estamos tendo muito sucesso com o livro. As pessoas que conhecem ou conheceram o trabalho de Irmã Dolores estão adquirindo o livro, lendo com muito carinho e fazendo ótimos comentários. A minha intenção é que com esta obra as pessoas valorizem mais o trabalho de muitos missionários e quem sabe alguns jovens possam se sentir impulsionados a conhecer a vida religiosa e seguí-la, assim como fez Irmã Dolores na juventude, quando deixou sua família nos EUA para evangelizar um povo totalmente desconhecido.
Agradeço a Deus pelo sucesso deste livro e por fazer de mim um instrumento para a propagação de bons exemplos como os de Irmã Dolores.  Agora é aguardar o resultado do lançamento e noite de autógrafos que acontecerá também em Jataí, no próximo dia 16 de maio, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário.
Leiam esta obra e incentive esta humilde escritora que está dando os seus primeiros passos no caminho da arte literária.













terça-feira, 26 de junho de 2012

Tradição, Festa e Religiosidade



Pelas ruas da cidade algumas cenas com o mesmo enredo são vistas em diferentes bairros, geralmente a tardinha ou a noite. São cenas interessantes que chamam a atenção principalmente pelo figurino dos protagonistas e figurantes. Senhoras, jovens e meninas com tranças no cabelo, laços de fitas coloridas ou cabelos penteados ao estilo caipira. Os vestidos rodados com babados e fitas coloridas amarradas à cintura dão um toque de graça e alegria aos rostos bem maquiados, até com certo exagero nas cores da sombra e batom, além das pintinhas nas bochechas rosadas.
            Os homens, entre estes senhores na terceira idade, jovens e crianças, todos trajando calças com remendos e palhas de milho nos bolsos, bigode feito a lápis preto, camisas geralmente xadrez ou florida e chapéu de palha na cabeça. Um figurino perfeito para representar as tradições do povo caipira e principalmente o traje perfeito para celebrar os santos populares e protetores dos mais humildes trabalhadores do sertão e do cerrado.
            Estas cenas que venho assistindo durante o mês de junho me encantam pela alegria, descontração e fé de tantos que apesar das mudanças sociais continuam mantendo viva a cultura e a fé popular do povo brasileiro, principalmente dos goianos e nordestinos. Além do figurino, o tema musical das cenas é outro ponto que chama a atenção e prende o telespectador. Penso que da mesma forma que o repertório musical de novelas de épocas exibidas pela Rede Globo, as músicas também remetem à simplicidade e principalmente a alegria daqueles que continuam mantendo vivas tradições milenares.
            Que beleza as cores, as luzes coloridas, os balões, as bandeirolas, o pau de sebo e a fogueira em chamas; sem falar na cultura e na fé dos protagonistas que encantam pela simpatia. O batismo na fogueira que nada mais é que um pretexto para adquirir mais um compadre e comadre, é o ponto auto da cena, sem falar na quadrilha, no arrasta-pé e nas comidas típicas, a maioria derivada do milho. Quem não se delicia e até exagera diante da barraca de pamonha, caldo, pé-de-moleque e quentão?
            Essas cenas não são cômicas, apesar do casamento caipira, do figurino e das danças; ao contrário, são cenas históricas, educativas e um verdadeiro resgate cultural. A alegria e festa observadas nestas cenas trazem uma mensagem central, a fé e a verdadeira identidade do povo brasileiro, principalmente dos goianos e nordestinos, e como Rio Verde está se tornando um grande reduto destes últimos, nada mais justo que ver nas cenas urbanas deste mês, a tradição, a cultura e a fé dessa gente que não precisa de dinheiro, carro importado ou roupas de grife para fazer parte das festas na cidade, ao contrário, se divertem e contagiam pela simplicidade.
            Que bom que cenas de diversão, alegria, devoção, fé e comemorações a Santo Antônio, São João, São Pedro e a Santíssima Trindade continuam dando ibope! 


Na noite de São João fizemos uma festa bem legal quando nos reunimos na chácara do meu pai e fetejamos o santo precursor de Jesus Cristo, São João Batista. O ponto alto da festa foi a fogueira e o batismo simbólico da pequena Lívia, minha sobrinha, uma tradição que herdamos dos nossos avós. Para o meu pai, hoje com  77 anos de idade, reunir a família, rezar o terço e seguir os costumes antigos é motivo de muita alegria, por isso a cada ano o acompanhamos nesta comemoração.  














sexta-feira, 23 de março de 2012

Morre ícone do humor brasileiro



Francisco Anysio de Oliveira Paula Filho, nascido no dia 12 de abril em Maranguape-CE, conhecido por Chico Anysio morre aos 80 anos.
“No humor todos nós somos insubstituíveis.” Chico Anysio
            
            Sexta-feira, 23 de março, dia triste para todos nós brasileiros, hoje morreu aos 80 anos, o humorista Chico Anysio. Um homem que superou humoristas, atores e escritores brasileiros. Chico Anysio foi um artista completo, foi comediante, ator, pintor, diretor e escritor, conhecido como o homem das mil faces, ele encarnou personagens diversificados, desde mulheres a idosos, gurus, cantores e tantos outros. Quem não se lembra do Pantaleão, Alberto Roberto, Canavieira, Baiano e Novos Caetanos, Roberval Taylor, Salomé de Passo Fundo, Popó, do inesquecível Professor Raimundo e tantos outros? 
              Cresci vendo os programas de Chico Anysio na TV. Desde que compramos nossa primeira TV em 1973, eu  e toda a minha família assistíamos ao programa do Chico Anysio e ríamos muito juntos, seus personagens era muito engraçados. Meu pai adorava o Pantaleão e sempre que ia confirmar alguma coisa com minha mãe ele usava a frase do personagem: "Verdade Terta?" 
            Chico Anysio foi o melhor humorista dos últimos anos e sempre respeitou todos os humoristas, não só os respeitou como valorizou muitos destes e os resgatou como pudemos ver na Escolinha do Professor Raimundo quando Chico Anysio reuniu vários humoristas que nem sempre eram valorizados ou que estavam desempregados. O humorista foi, neste papel, uma ponte para promover tantos outros humoristas brasileiros.
            O país perde um humorista completo e muito além em talento, incomparável aos humoristas atuais que não têm nada de humoristas, ao contrário a maioria fazem um humor preconceituoso e em nada se assemelha ao talento de Chico. Nenhum ator até hoje conseguiu criar tantos personagens e foi tão completo. Esse grande ícone brasileiro certamente continuará na memória de todos os brasileiros e como todo artista e escritor torna-se imortal a partir de suas obras, Chico Anysio é imortal.
            Quem pôde ajudar, Chico Anysio ajudou, como na Escolinha do Professor Raimundo, onde ele encontrou lugar para aqueles que estavam esquecidos ou abandonados e tantos outros humoristas que o teve como modelo, a exemplo de Renato Aragão e muitos outros, principalmente humoristas nordestinos que foram discriminados, mas que encontraram em Chico um amigo e exemplo. Os livros escritos por este humorista são obras lidas no país inteiro e seu talento ultrapassa gerações.
            Deus, na sua infinita misericórdia certamente teve compaixão deste grande artista brasileiro e o levou na manhã de hoje, depois de muitos meses de sofrimento com sérios problemas de saúde. Chico Anysio foi submetido a uma cirurgia no pulmão para retida de sangue acumulado, isso depois de 110 dias internados e 70 dias no CTI, além de muitos dias em coma induzido, Chico era fumante e seus problemas graves de saúde tiveram início em 2009. Hoje pela manhã Chico sofreu duas paradas respiratórias e não resistiu a tantos problemas físicos, acabando por falecer neste dia. No dia 12 de abril deste ano Chico Anysio completaria 81 anos.
            O humorista teve oito filhos, foi casado várias vezes e se superou em talento, provando o talento dos nordestinos, foi um gênio da interpretação e sempre fez humor com cunho social, tendo a situação dos brasileiros, as críticas políticas e grandes problemas sociais como inspiração para seus personagens e piadas, foi talentoso e ao mesmo tempo crítico e denunciador das injustiças; gravou 11 discos, foi precursor do vídeo tape, o seu livro “Como Segurar um Casamento” foi polêmico e uma grande obra. Sem ofender ninguém e com muita sabedoria, este humorista foi e continuará sendo um mestre para muitos outros artistas brasileiros, principalmente para os humoristas.
            Chico Anysio descansou, mas certamente continuará fazendo muita gente rir com seus personagens que certamente serão imitados e lembrados por muitas gerações futuras.
            Aplausos para este grande e talentoso homem que parte para um plano superior onde continuará brilhando, não mais como estrela da tv, teatro ou cinema, mas como uma estrela no imenso céu do Brasil.


"E o salário ó........!!!

   

quinta-feira, 22 de março de 2012

Marginalidade ou subemprego?

            A penumbra e pouca iluminação no bairro esconde uma sombra que atravessa rapidamente a rua. Seria uma elegante mulher? Uma adolescente trajando saia bem curta e top? Ou uma dama portando bijuterias brilhantes e elegantemente desfilando sobre salto alto? Uma cena que chama a atenção dos motoristas que passam pela avenida ou cruza as ruas escuras paralelas a esta.
            O farol do carro em luz forte mostra o rosto afinado, bem maquiado e o brilho do colar e pulseiras douradas. Os passos rápidos em direção ao carro que reduz lentamente a velocidade mostra a realidade. Atônita com a proximidade “daquela jovem” ou do ser em movimento brusco me assusta. Eis que “esta” vem rapidamente em direção à janela do carro e ao ver que sou eu ali atrás do volante, esmurra a janela e porta do carro e rapidamente desaparece na escuridão.
            Poucos minutos depois outra pessoa com modelito semelhante, porém mais alta e de porte forte, moreno (ou seria morena?) surge como um fantasma andando rapidamente em direção a outro carro que para logo atrás. Desta vez, diferente da “colega”, sorri ao aproximar-se da janela do carro importado e com charme e muita elegância entra educadamente ao ser “convidada”.
            Minha indignação diante da cena deu-se por perceber que se tratava de homossexuais de fino trato ou outros ainda meninos vestidos elegantemente ali a procura de um programa que os rendesse uma boa grana naquela noite. Por isso a revolta ao aproximar-se da janela do meu carro e perceber que não se tratava de nenhum empresário ou magnata e muito menos de algum senhor de idade rico e em busca de aventura amorosa.
            Vi naquela triste cena urbana rostos jovens, bem maquiados e nada originais. Senti um aperto no peito ao perceber que um deles deveria ter a mesma idade de um dos meus filhos. Fiquei indignada ao notar que logo a frente um deles parava diante de um carro e ao perceber que era uma senhora com crianças, bruscamente levantou a saia e fez uma cara feia como se quisesse assustar a motorista, num gesto de ódio por não se tratar de mais um cliente.
            O debate em torno da polêmica sobre o homossexualismo foi acirrado nas últimas semanas, deputado afirmando que se trata de uma doença, outros afirmando que esse tipo de vida é opção de cada um e outros ainda defendendo a liberdade a qualquer preço. Discussões à parte, o que não pode é continuar acontecendo o desrespeito a senhoras, homens de bem e pessoas que estão exercendo a sua liberdade de ir e vir. Esmurrar janelas de veículos, dar chutes, falar palavrões e assustar crianças já é um pouco demais, trata-se de um desrespeito que merece punição.
            Cenas de crimes já foram presenciadas na mesma região onde os “garotos” ou “garotas” de programa circulam. Homens até então conhecidos como homens de bem, cidadãos rio-verdenses, foram brutalmente assassinados no local, fruto do subemprego, da marginalidade que muitos insistem em achar normal ou em afirmar que é opção de cada um.
            Triste cena urbana!!!

Paixão Brasileira


            A enchente de São José no final de semana quando as chuvas aumentaram torrencialmente, não foi empecilho para a grande movimentação das pessoas pelas ruas da cidade em direção ao Estádio de futebol. Nas vias de acesso ao local o tumulto era grande, filas quilométricas. Pessoas correndo para conseguir passar, mesmo que empurradas, pelos portões de acesso ao grande espetáculo. Muita gritaria, empurra-empurra e emoções a flor da pele.
            A cena lembrava os jogos no Maracanã entre grandes equipes nas tardes de domingo. Do lado de fora a confusão era grande, mas o espetáculo dentro do estádio era de tirar o fôlego. Crianças seguradas pelas mãos ou no colo do pai também agitavam, gritando o nome do seu time e de alguns jogadores como se esses fossem atender ao seu pedido e com grande esperança gritavam: “Vai Juninho, chuta, faz o gol!!! Outros aos berros xingavam o juiz, o bandeira e como de costume a pobre mãe do árbitro. 
            Olhando para a multidão no momento em que o time da casa estava perdendo, o que se via era um grande silêncio, homens e mulheres roendo as unhas ao mesmo tempo em que não desviavam os olhares do gramado, acompanhando cada lance como se ali estivesse sua própria vida. De repente toda a emoção contida explode em gritos, assovios, abraços, pulos e muita vibração, o gol tão esperado acontece, para a tristeza do adversário. Assim seguem outros lances da partida, cada vez mais emocionante, apesar do adversário conseguir empatar e virar o jogo.
            Segundo tempo, a adrenalina continua cada vez mais alta. Silêncio total na arquibancada até que de repente explode mais uma vez o grito de goooooool!!!!! O time da casa empata o jogo e a torcida vai ao delírio, o jogador corre para fora do gramado e comemora o gol com os paramédicos, arranca a camisa e extravasa toda a sua emoção daquele gol que o consagrara no momento como o melhor jogador da partida. Até aí tudo igual, empate para a alegria dos torcedores da casa que depois de vinte anos sem um time profissional consegue empatar com o melhor do campeonato.
            Cena ainda mais comovente, quando no primeiro minuto da prorrogação a equipe adversária consegue encaixar mais uma vez a bola e para a tristeza da equipe da casa, a derrota vem no finalzinho do jogo. Choro para alguns, alegria para outros que se emociona com o seu time quase se igualando ao famoso time da capital, pelo menos naquela partida. Um misto de decepção e alegria, sensação de dever cumprido, mas ao mesmo tempo de frustração, pois apenas um minuto foi decisivo para que o sonho de igualdade se acabasse naquele momento.
            Olhares de alegria, sorrisos, alguns de indignação e frustração, mas a maioria de esperança era o que se via em cada rosto; promessa de que numa próxima partida lá estarão novamente torcendo para que o seu time do coração continue existindo, mesmo que a duras penas e quem sabe, apesar das derrotas, de pé na primeira divisão. 

Feiras Livres - Encontro de Diversidades


            Durante uma caminhada pelo bairro próximo ao meu vi uma grande movimentação de pessoas que buscavam espaço para estacionarem seus carros, outros caminhavam rapidamente segurando pelas mãos os pequenos enquanto logo adiante, na praça do bairro, centenas de pessoas se aglomeravam em frente às barracas escolhendo as frutas e verduras de melhor qualidade e de vez em quando parando em algumas das barracas para matar a fome com os churrasquinhos feitos ali mesmo.
            Em meio a agitação, uma cena, entra tantas me chama a atenção, a disposição de um adolescentes que atendia os fregueses na barraca de churrasquinho. Aquele adolescente, atento a todos e principalmente às ordens do patrão, no caso, poderia ser seu pai, ou irmão, não importa, o que me chamou a atenção foi o jeito que aquele menino atendia as pessoas, ele parecia não se cansar e  cada um que se aproximava e pedia um churrasquinho ou um refrigerante, rapidamente o garoto se virava e com muita disposição atendia a todos com educação e presteza. Se virava de um lado, do outro e ao mesmo tempo anotava todas as vendas, controlando o fluxo de caixa daquele pequeno negócio.
            Por alguns instantes me encontrei pensando naquele jovem, em seu futuro e principalmente no presente, quando ao invés de  estar nas ruas correndo o risco de se envolver com drogas ou com outro tipo de atividades que poderia prejudicar o seu futuro, aquele adolescente estava alí, trabalhando e mostrando habilidade num pequeno e humilde negócio, uma simples barraca de churrasquinho numa feira livre.
            Vi naquela feira livre, pessoas de todos os níveis sociais, gente que estava alí buscando o sustento de sua família, outros encontrando amigos e muitos fazendo suas compras ao ar livre, em meio àquela multidão, com crianças nos braços ou empurrando carrinhos de bebê e ainda fazendo daquela ação, um tempo para descontração e para estar entre as pessoas, fazer também parte da aglomeração. 
Desde o ano passado a população de diversos bairros de Rio Verde está tendo a oportunidade de fazer a feira de maneira mais cômoda. Em diversos setores da cidade estão sendo realizadas feiras livres, onde são oferecidos produtos hortifrutigranjeiros, confecções, artesanatos, e barracas com atrativos que atraem os visitantes.